sábado, 22 de maio de 2010

O mesmo banco


Foi estranho receber a ligação dele as 18h pedindo para me ver.
Foi ainda mais estranho ver ele de novo depois de tanto tempo.
Foi estranho e tão comum ao mesmo tempo.

É incrivel como por mais que meu mundo dê voltas e mude, ele sempre me leva às suas ligações e ao banco do seu carro.
O mesmo banco que eu frequentei por mais de um ano.
O mesmo banco que eu passava minhas madrugadas escondidas.
O banco que escondia o nosso caso do resto do mundo.
Ele continuava o homem mais bonito que eu conheci na minha vida.
Sua barba por fazer ainda mantinha o mesmo charme de sempre.
Seu sorriso ainda me tirava o ar. E eu continuava a mesma mulher com ele.

Mas algo tinha mudado nele. Os beijos estavam diferentes.
Eram os mesmos beijos mas a busca era outra.
Era como se ele tivesse realmente sentido minha falta.
Como se ele estivesse se entregando ali para não me perder depois.

E depois de tudo, ele não foi embora como sempre fazia.
Ele ainda ficou me olhando. Ele ficou ali para conversar.
Conversou sobre a faculdade, sobre os amigos, sobre o trabalho.
E ainda quis saber de mim. É realmente algo havia mudado.
Eu não sabia se alguém havia feito ele mudar, ou nossa ultima conversa havia feito ele mudar.
Sei que pela primeira vez, eu não quis ir embora.
Pela primeira vez eu quis ficar.

2 comentários:

  1. E por algum motivo, explícito ou não, é uma história que caberia na vida de muita menina!
    Até mesmo na minha! A única coisa que eu trocaria seria o banco do carro, pelo meio fio da calçada! De resto, é a mesma experiência vivida por mim, por você, por ela, por aquela e por todas que já tiveram, eu diria, essa sorte ! (:
    Adorei, MESMO *-*

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  2. Sabe, eu sei como é essa sensação, isso me lembrou uma cena do meu passado. Adoro a forma com que você escreve sabia? Tem um jeito de menina e mesmo assim você consegue passar muita seriedade.

    Continue assim, alias eu te recomendei no meu blog!.

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